sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Metal

Doença incurável, disse o médico
e pôs-se a rir
que soldadinho de chumbo
não é de ferro.

domingo, 16 de setembro de 2007

A vidraça

Tempestade na janela.
E batiam fortes as gotículas.
Solidão que engasga o tempo,
amortece a dor que corrói,
e no fim... culmina com um soluço trôpego de cão sem dono.
E se o fim, por mero descuido, não chega?
Gotículas na janela.
Raios de tempestade eternizada.
Morte do vago acaso, menina.
Acaso esse chamado amor.

Menina

Ei, Princesa? Quer calçar seu sapatinho?
Depois coloque o vestido prata e vá dançar
uma Carolin'a com o jogador de cartas.
Ah, o tempo...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

despedida de um triste fim,

Tchau, falou. E sorriu triste.
Sorriu quando queria chorar.
Tchau. Ah, uma coisa: eu... esquece.
E sorriu triste. No final do sorriso...chorou.

sábado, 1 de setembro de 2007

Romeu

Com o finete de luz do dia
o menino de olhos d'água corou
se pegar pela mão salva, disse ele,
eu não quero soltar nunca mais.